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Previsões Forex (16 a 21/11): Dólar Testa Suportes, Ouro Entra em Alerta e USD/JPY Ganha Destaque
Resumo:A semana de 16 a 21 de novembro de 2025 começa com o mercado forex em modo de observação atenta. Depois de semanas marcadas por shutdown do governo norte-americano, dados econômicos atrasados e uma sequência de rally em ativos de risco, o foco agora se volta para três eixos principais: • o comportamento do dólar americano (DXY) em uma região decisiva de suporte; • a reação de pares-chave como EUR/USD, GBP/USD, USD/JPY, USD/CHF e CHF/JPY; • o papel de ativos correlatos, como ouro, índices acionários dos EUA e Bitcoin.

Publicado em 16/11/2025
A semana de 16 a 21 de novembro de 2025 começa com o mercado forex em modo de observação atenta. Depois de semanas marcadas por shutdown do governo norte-americano, dados econômicos atrasados e uma sequência de rally em ativos de risco, o foco agora se volta para três eixos principais:
- o comportamento do dólar americano (DXY) em uma região decisiva de suporte;
- a reação de pares-chave como EUR/USD, GBP/USD, USD/JPY, USD/CHF e CHF/JPY;
- o papel de ativos correlatos, como ouro, índices acionários dos EUA e Bitcoin.
Para o trader brasileiro de forex, essa combinação significa uma semana de alta volatilidade potencial, em que decisões do Federal Reserve, dados de inflação e números de emprego podem redefinir fluxos globais de capital – e, por tabela, influenciar também o comportamento de pares envolvendo o real, como o USD/BRL.
Contexto Macroeconômico: Menos Chance de Corte de Juros, Mais Força para o Dólar
O relatório destaca que, na semana anterior, as “melhores operações” projetadas foram:
- posição long em USD/JPY após fechamento diário acima de ¥154,25;
- posição long em S&P 500 acima de 6.920;
- posição long em Nasdaq 100 acima de 26.288.
Na prática, apenas o gatilho em USD/JPY foi acionado, e ainda assim resultou em perda modesta, gerando um resultado agregado de cerca de -0,14% nas estratégias sugeridas.
Mais importante que o desempenho dos trades, porém, foi a mudança nas expectativas de juros nos EUA. O mercado, medido pelo CME FedWatch Tool, saiu de uma precificação de 63% de chance de corte de 0,25 p.p. na reunião de 10 de dezembro para apenas 44%.
Essa virada de sentimento:
- é negativa para bolsas (menor liquidez futura);
- é positiva para o dólar, que volta a ser visto como ativo relativamente mais atrativo em termos de juros.
Somam-se a isso:
- PIB do Reino Unido pior que o esperado, com queda mensal de 0,1%;
- taxa de desemprego da Austrália melhor que o previsto, em 4,3%;
- alguns dados importantes dos EUA (como CPI, PPI e vendas no varejo) adiados pelo shutdown, o que deixa o mercado “operando no escuro” em relação à inflação americana.
O cenário, portanto, é de dólar em tentativa de retomada, economia global com sinais mistos e um cronograma de dados esta semana que pode facilmente mudar o jogo.
Agenda da Semana: Dados Que Podem Explodir a Volatilidade
Entre 16 e 21 de novembro, o relatório aponta uma lista de indicadores com alto potencial de impacto:
- US Average Hourly Earnings (salários médios por hora nos EUA);
- US Non-Farm Employment Change e US Unemployment Rate (mercado de trabalho americano);
- US FOMC Meeting Minutes (atas da última reunião do Fed);
- CPI do Reino Unido e CPI do Canadá (inflação);
- Australia Wage Price Index (salários na Austrália);
- PMIs de serviços e manufatura dos EUA, Alemanha e Reino Unido;
- UK Retail Sales (vendas no varejo britânico);
- US Unemployment Claims (pedidos de seguro-desemprego).
Cada um desses dados pode mexer diretamente com:
- pares ligados ao dólar (EUR/USD, GBP/USD, USD/JPY, USD/CHF);
- moedas de países desenvolvidos com inflação em foco (Reino Unido, Canadá, Austrália);
- a percepção de apetite ou aversão ao risco, influenciando também ouro, índices acionários e até criptomoedas.
Para o trader brasileiro, isso significa uma semana em que eventos do calendário econômico internacional podem pesar tanto quanto notícias domésticas sobre inflação, fiscal ou decisões do Banco Central do Brasil.
Dólar Americano (DXY): Suporte Crítico e “Linha na Areia” em 99,40
No campo técnico, o relatório mostra que o índice do dólar (DXY):
- rompeu abaixo de 99,40, mirando a região de 98,90;
- segue em modo de consolidação, após rejeitar a resistência em 100,25.
O nível de 99,40 é descrito como a “linha na areia” entre:
- touros do dólar (bulls), que gostariam de ver um fechamento novamente acima desse patamar;
- ursos do dólar (bears), que ainda tentam empurrar o índice para baixo.
Se o DXY:
- retomar e se sustentar acima de 99,40, abre espaço para:
- 99,75 (abertura de novembro);
- região de 100,80, nível crítico no gráfico mensal, onde ainda existem “ineficiências” de compra acima de 100,50.
- perder 98,90, começa a sinalizar uma correção mais profunda, com risco de revisão do viés altista no curto prazo.
Outra leitura complementar, em uma análise de prazo mais longo, aponta que, enquanto o preço se mantiver acima de 98,55, ainda há um fundo técnico de longo prazo que sustenta viés bullish para o dólar.
Para o trader brasileiro, o recado é claro: DXY acima de 99,40 tende a pressionar moedas emergentes, inclusive o real, podendo levar o USD/BRL a buscar patamares mais altos; já uma rejeição firme dessa região abre espaço para alívio cambial e valorização de moedas como BRL, MXN e ZAR.
EUR/USD: Resistência Forte em 1,1660 e Paciência com o Euro
O EUR/USD vem subindo desde 5 de novembro, mas o relatório deixa claro que isso ainda não é uma reversão estrutural da tendência de baixa iniciada em setembro.
Níveis-chave:
- 1,1660 – nível decisivo, descrito como:
- resistência crítica que os touros precisam vencer para virar o jogo;
- “ponto de controle” de vários meses, onde o par passou mais tempo negociando entre julho e novembro.
- 1,1608 – mínima de setembro que funcionou como resistência e virou suporte;
- 1,1600 – suporte psicológico;
- 1,1528 – abertura de novembro, alvo em caso de perda dos suportes.
A leitura para a semana é de cautela com o euro:
- se o DXY continuar se fortalecendo, é provável que 1,1660 segure o movimento e gere novas vendas;
- se o dólar recuar, o euro tem espaço para testar a região, mas o rompimento não é dado como certo.
Para brasileiros que operam EUR/USD:
- a paridade pode servir como proxy de apetite global por risco;
- um euro fraco costuma reforçar a narrativa de dólar dominante, o que tende a pressionar também pares como EUR/BRL ou USD/BRL.
GBP/USD: Lateralização, Suportes Críticos e Risco de Queda
O GBP/USD “não fez muita coisa” na semana anterior:
o par respeitou o suporte em 1,3130, mas passou boa parte do tempo andando de lado.
Pontos importantes:
- 1,3130 – suporte mantido, porém sem follow-through comprador;
- 1,3100 – gatilho de atenção: um rompimento consistente abaixo desse nível abre espaço para queda;
- 1,2966 – área de leilão inacabado (unfinished auction);
- 1,2945 – ponto de controle de múltiplos meses e alvo em caso de rompimento baixista.
O viés do analista é de não se envolver por enquanto, esperando:
- ou um rompimento claro abaixo de 1,3100, que justificaria buscar 1,2945;
- ou um cenário em que o DXY perca força e a libra consiga se distanciar de zonas de risco.
Para o investidor brasileiro, a GBP tem menos impacto direto do que o USD, mas pode ser um termômetro da saúde da economia europeia e britânica, influenciando, por exemplo, empresas listadas na B3 com forte exposição externa.
USD/JPY: Tendência de Alta Estrutural e Alvo em ¥155,00
O USD/JPY é um dos destaques da semana. O gráfico semanal mostra:
- candlestick levemente altista, com nova máxima de nove meses;
- rompimento confirmado da linha superior de um triângulo de consolidação, o que é um sinal clássico de continuidade de tendência de alta.
Contexto fundamental:
- o dólar começa a entrar em um novo ciclo de tendência altista de longo prazo;
- o iene japonês é estruturalmente fraco, embora pressões inflacionárias crescentes no Japão possam levar a novos ajustes de juros pelo BoJ, o que adiciona alguma incerteza.
Nível-chave:
- ¥155,00 – grande número redondo, já tocado, mas ainda não rompido em fechamento diário. Traders mais cautelosos preferem esperar um fechamento diário acima de ¥155,00 antes de ampliar posições compradas.
Para o trader brasileiro:
- USD/JPY é um ótimo termômetro da força global do dólar e do apetite por risco;
- movimentos fortes nesse par costumam se refletir em fluxos globais que podem atingir o USD/BRL, ainda que de forma indireta.
CHF/JPY: Recordes Históricos e Risco de Correção
O CHF/JPY continua em forte tendência de alta, com:
- candlestick semanal altista;
- amplitude de semana incomum, levando o par a novas máximas históricas.
Porém:
- a presença de pavio superior longo indica perda de fôlego dos compradores no curtíssimo prazo;
- o franco suíço é hoje a principal moeda de refúgio, sustentado por inflação em deflação e juros em zero, reforçando sua força estrutural.
Mesmo assim, o relatório alerta que:
- entrar comprado agora pode ser “trade tardio”, mais propenso a correções;
- traders mais sofisticados podem preferir esperar que USD/CHF e USD/JPY atinjam zonas de resistência ao mesmo tempo, buscando entradas mais bem calibradas em CHF/JPY.
USD/CHF: De Venda Técnica a Possível Recuperação
O USD/CHF foi um exemplo de operação técnica “quase textbook”:
- duas semanas atrás, o analista buscava vendas na zona 0,8060–0,8075;
- o preço entrou nessa faixa e rapidamente mirou o meio da range em 0,7987;
- na última semana, o par testou as mínimas da faixa, desenhando um pin bar altista no fim da semana.
Para os próximos dias, o plano de batalha é:
- observar região de 0,7910–0,7920 para possível compra;
- alvo em 0,7987 e depois em 0,8070 se o movimento de recuperação ganhar força;
- porém, tudo depende do DXY retomar 99,40: sem isso, a confiança em compras de pares como USD/CHF diminui.
Ouro (XAU/USD): Perde Suporte e Acende Sinal Amarelo
O ouro, que vinha em tendência fortemente altista, rompeu para cima a faixa US$ 4.030–4.060, como esperado após uma fase de consolidação abaixo desse nível.
Porém, a estrutura mudou:
- a correção de quinta-feira foi considerada agressiva, com queda até US$ 4.147 e fechamento abaixo de US$ 4.211;
- na sexta, o preço rompeu novamente para baixo a faixa US$ 4.030–4.060, quase retestando a máxima semanal anterior e limpando uma importante “ineficiência vendedora”.
Pontos técnicos citados:
- US$ 4.140 – área em que o ouro fechou abaixo nos gráficos diário e semanal, o que preocupa;
- US$ 4.126–4.128 – ponto de controle de dois dias e área onde vendedores podem se defender em um pullback;
- US$ 4.020 – região de possível busca de liquidez, onde o analista monitora oportunidade de compra tática se houver “varrida” das mínimas.
Mesmo com essa correção de curto prazo, o viés estrutural segue altista, sustentado por:
- apostas em novos cortes de juros pelo Fed;
- ambiente de incerteza global;
- demanda de bancos centrais e investidores institucionais por proteção.
Para o investidor brasileiro, isso significa que, mesmo que o ouro faça realizações em dólar, o metal continua relevante como hedge – e movimentos no XAU/USD podem se traduzir em ajustes significativos no ouro em reais, especialmente se o USD/BRL também oscilar.
S&P 500: Consolidação com Risco de Queda Acentuada
O relatório destaca que o S&P 500:
- perdeu um pouco de terreno na última semana;
- formou uma máxima mais baixa (lower high), mas rejeitou a mínima com um pin bar no diário, indicando consolidação.
Níveis de atenção:
- 6.620 – fechamento diário abaixo desse patamar sacode os comprados;
- 6.500 – perda desse suporte em fechamento semanal configuraria sinal de baixa bem mais sério;
- por outro lado, uma nova máxima com fechamento acima das resistências recentes reabre espaço para trend de alta e oportunidades de compra.
Esse comportamento é relevante para o forex porque:
- quedas mais fortes em ações costumam aumentar a aversão ao risco, beneficiando moedas de refúgio como o dólar, o iene e o franco suíço;
- em momentos de estresse, moedas emergentes – como o real – tendem a sofrer, o que pode ser visto em movimentos de alta do USD/BRL.
Bitcoin: Abaixo de US$ 100.000 e Tendência de Correção
O relatório chama atenção para o fato de que o Bitcoin (BTC/USD):
- não conseguiu acompanhar a alta recente de outros ativos de risco, como ações;
- rompeu para baixo os US$ 100.000 e permanece negociado abaixo desse nível psicológico.
A leitura é baixista:
- traders de tendência e momentum podem olhar para o lado vendedor, especialmente após um fechamento diário abaixo de US$ 95.000;
- há espaço para o preço buscar a faixa de US$ 92.000–90.000 em caso de aceleração da realização.
Para o investidor de forex, o Bitcoin funciona menos como par cambial e mais como barômetro de apetite por risco: quando ele falha em acompanhar o rali de risco, é um indício de que o mercado está mais seletivo – o que reforça a necessidade de gestão de risco rigorosa nos demais ativos.
Conclusão: Semana de Oportunidades – Mas Também de Armadilhas
Resumindo o quadro:
- o dólar americano está em região decisiva, com 99,40 no DXY funcionando como ponto de virada;
- EUR/USD e GBP/USD seguem presos entre suportes e resistências-chave, exigindo paciência;
- USD/JPY desponta como um dos pares mais interessantes para quem busca continuidade de tendência, desde que o rompimento de ¥155,00 seja confirmado;
- CHF/JPY pode estar próximo de correção, mesmo em cenário de franco forte;
- ouro perdeu suporte de curto prazo, mas mantém quadro altista no longo prazo;
- S&P 500 e outros índices globais estão em zona de equilíbrio tenso, podendo tanto retomar a alta quanto engatar uma correção mais forte;
- Bitcoin sinaliza fraqueza relativa, reforçando a mensagem de que o mercado está menos disposto a abraçar risco de forma indiscriminada.
Para o trader brasileiro, essa é uma semana para:
- acompanhar de perto o comportamento do DXY e dos pares principais;
- observar como essas movimentações se traduzem em preço no USD/BRL e em ativos como ouro em reais;
- evitar operar “no automático” e respeitar os níveis técnicos destacados: 99,40 no DXY, 1,1660 no EUR/USD, 1,3100 no GBP/USD, ¥155,00 no USD/JPY e a região de US$ 4.126–4.140 no ouro.
Em um cenário assim, a palavra-chave é disciplina: em vez de tentar adivinhar o próximo movimento, o trader que espera pelos rompimentos confirmados e protege seu capital com stops bem posicionados tende a sair da semana em melhores condições para aproveitar a próxima rodada de oportunidades no mercado forex.

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