Resumo:O mercado financeiro internacional iniciou esta quarta-feira, 24 de setembro de 2025, em compasso de cautela, com investidores ajustando posições após um pregão volátil. O destaque vai para o dólar, que volta a subir frente ao real e outras moedas globais, em sintonia com o fortalecimento da divisa no exterior após declarações do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell.

Publicado em 24/09/2025
O mercado financeiro internacional iniciou esta quarta-feira, 24 de setembro de 2025, em compasso de cautela, com investidores ajustando posições após um pregão volátil. O destaque vai para o dólar, que volta a subir frente ao real e outras moedas globais, em sintonia com o fortalecimento da divisa no exterior após declarações do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell.
O ouro, por sua vez, segue em trajetória de valorização, consolidando-se como um dos ativos de maior demanda no mundo em tempos de incerteza, enquanto o petróleo enfrenta pressões de oferta e demanda que mantêm seus preços voláteis.
Além disso, o movimento do Índice Dólar (DXY) e a performance de pares como EUR/USD, USD/JPY, GBP/USD, AUD/USD e USD/CAD dão o tom da sessão, influenciando diretamente as estratégias de traders no mercado forex.
Dólar Retoma Força Frente ao Real
Após a forte desvalorização da véspera, quando caiu mais de 1%, o dólar à vista iniciou o dia em alta, cotado a R$ 5,297, com valorização de 0,33%. No mercado futuro da B3, o contrato de primeiro vencimento subia 0,32%, negociado a R$ 5,303.
· Dólar Comercial: compra R$ 5,296 | venda R$ 5,297
· Dólar Turismo: compra R$ 5,317 | venda R$ 5,497
O movimento reflete a mudança de tom do Fed, após Powell indicar que o ciclo de cortes de juros nos EUA pode ser mais cauteloso do que o mercado vinha precificando. Essa sinalização reforça a atratividade dos ativos denominados em dólar, pressionando moedas emergentes como o real brasileiro.
No cenário doméstico, a atuação do Banco Central do Brasil também ganha destaque. Hoje, a instituição anunciou leilões de linha no valor de US$ 2 bilhões, destinados à rolagem de vencimentos de outubro e ao equilíbrio da liquidez cambial.
Esse tipo de medida costuma reduzir a volatilidade do câmbio, mas não elimina a pressão externa, especialmente em um momento de incerteza global sobre o ritmo da política monetária americana.
Ouro Próximo de Recordes Históricos
O ouro (XAU/USD) permanece em tendência altista e opera a US$ 3.777 por onça troy, próximo ao recorde recente de US$ 3.791. O patamar psicológico de US$ 3.800 se torna agora o principal ponto de atenção para traders.
· Suportes Técnicos: US$ 3.745 – US$ 3.690 – US$ 3.650
· Resistências Técnicas: US$ 3.785 – US$ 3.820 – US$ 3.860
O metal precioso é impulsionado por múltiplos fatores:
· Expectativa de novos cortes de juros nos EUA em 2025.
· Compras robustas de ouro por bancos centrais globais, em busca de diversificação de reservas.
· Tensões geopolíticas, como o incidente envolvendo a OTAN e a Rússia após a violação do espaço aéreo da Estônia.
· Demanda recorde de ETFs de ouro, que atingiram o maior nível em três anos.
No Brasil, a valorização do ouro também é refletida em reais: 1 grama está cotado a R$ 644,67, tornando o ativo um dos principais hedges contra a volatilidade cambial e a inflação.
A análise técnica mostra que, em caso de rompimento sustentado acima de US$ 3.800, o ouro pode mirar a região de US$ 3.900 a US$ 4.000, consolidando-se como um dos ativos mais fortes de 2025.
Petróleo Entre Oscilações de Oferta e Demanda
O mercado de petróleo segue pressionado por incertezas. O WTI (West Texas Intermediate) recua para US$ 63,40 por barril, após encerrar o pregão anterior em US$ 63,56. Já o Brent é negociado a US$ 67,06, levemente abaixo da máxima recente.
A região de US$ 62 por barril funciona como suporte chave para o WTI. Caso o preço rompa esse nível, o próximo objetivo seria US$ 60. Por outro lado, uma recuperação acima da média móvel de 50 dias pode levar o petróleo a US$ 65 ou até US$ 66,77.
O cenário reflete a combinação de fatores:
· Produção elevada dos EUA, Rússia e países da OPEP.
· Dúvidas sobre o ritmo de crescimento econômico global.
· Incertezas ligadas à demanda chinesa, após dados mistos da indústria.
Apesar das pressões de baixa, o petróleo segue como ativo estratégico no mercado forex, especialmente para pares ligados a commodities, como o USD/CAD.
Índice Dólar e Pares Mais Relevantes
O Dollar Index (DXY) voltou a ganhar força, rompendo a resistência de 97,30, em resposta ao discurso de Powell. Esse movimento impacta diretamente os principais pares no forex:
· EUR/USD: segue pressionado abaixo de 1,1800, com viés baixista. O euro enfrenta dificuldades diante da fraqueza do PMI alemão e da força do dólar.
· GBP/USD: perde força perto de 1,3500, refletindo preocupações com a recuperação econômica do Reino Unido.
· USD/JPY: opera acima de 148,00, influenciado pela queda do PMI industrial japonês para 48,4, sinalizando contração.
· AUD/USD: avança além de 0,6600 após a CPI australiana surpreender positivamente, registrando 3% anual, acima do esperado.
· USD/CAD: atinge máximas de 10 dias, próximo de 1,3850, refletindo preocupações com tarifas comerciais impostas pelos EUA.
Esses movimentos destacam a força relativa do dólar no mercado global, com especial pressão sobre moedas europeias e asiáticas.
Impactos Diretos Para o Mercado Brasileiro
A valorização do dólar e do ouro e a instabilidade do petróleo trazem implicações claras para o mercado brasileiro:
· O dólar mais forte aumenta os custos de importação, mas favorece exportadores.
· O ouro valorizado reforça sua atratividade como ativo de proteção para investidores locais.
· O petróleo instável pode pressionar combustíveis e impactar a inflação doméstica.
Além disso, a atuação do Banco Central do Brasil nos leilões de dólar deve continuar como ferramenta essencial para conter excessos de volatilidade.
Projeções Para os Próximos Dias
No horizonte de curto prazo, investidores estarão atentos a:
· A divulgação do PCE nos EUA, principal indicador de inflação acompanhado pelo Fed.
· Dados do mercado imobiliário americano, incluindo vendas de casas novas.
· Indicadores de confiança empresarial na zona do euro, especialmente na Alemanha.
· Desenvolvimento das tensões geopolíticas na Europa Oriental.
No cenário base, o dólar tende a se manter forte até que haja maior clareza sobre o ritmo de cortes de juros americanos. Já o ouro tem potencial de romper novas máximas se o ambiente de incerteza persistir.
Conclusão
O dia 24 de setembro marca um cenário de forte cautela nos mercados globais. O dólar recupera fôlego frente ao real e outras moedas, o ouro consolida-se como ativo de proteção próximo a máximas históricas e o petróleo segue pressionado por dúvidas sobre oferta e demanda.
Para investidores brasileiros de forex, o momento exige atenção redobrada à política monetária do Fed, ao comportamento das commodities e ao posicionamento do Banco Central do Brasil. Essas variáveis, combinadas, determinam as melhores oportunidades de operação no curto prazo.
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