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Resumo:
O dólar recuou perante a maioria das outras moedas nesta terça, em dia marcado pelas expectativas para a eleição presidencial nos Estados Unidos. Uma esperada vitória de Joe Biden favoreceu a busca por ativos de mais risco, enfraquecendo o dólar. A libra teve importante valorização, embora ainda com dúvidas sobre as negociações do Brexit. O euro se fortaleceu, mas de forma contida, com a Europa observando o avanço da covid-19.
O índice DXY, que mede o dólar frente as divisas de seis economias desenvolvidas, teve baixa de 0,61%, a 93,553 pontos. Ao longo do dia, a baixa chegou a ser maior, mas diminuiu mais perto do fechamento em Nova York. Em dia de decisão do banco central da Austrália, em que houve o primeiro corte de juros desde março, para 0,10%, a moeda do país se valorizou e era cotada a US$ 0,7153 em Nova York no final da tarde. A Western Union sinaliza que o resultado seguiu o anúncio do BC de que é “extremamente improvável” a adoção de juros negativos.
Na visão da BK Asset, as moedas sofrem diferentes influências de acordo com o resultado da eleição. “Espera-se que Biden seja mais amigável com o Canadá e a União Europeia e mais crítico em relação ao Brexit”, diz. Se ele ganhar, o euro pode apresentar valorização, enquanto a libra pode enfraquecer. “Se os votos forem apertados e a eleição for contestada, a incerteza pode fazer com que todas as moedas de risco caiam”, projeta.
Em caso de uma vitória clara de Biden, a BK Asset espera que o iene tenha desvalorização frente ao dólar. Em meio à incerteza desta terça, o ativo japonês se fortaleceu, e o dólar era cotado a 104,58.
“A principal fonte de força do euro parece ser um dólar mais fraco, dada a redução significativa nos fundamentos econômicos europeus, como resultado de novos bloqueios que visam desacelerar a rápida propagação da pandemia”, avalia a Western Union. Na França, o número de mortos em razão da doença chegou a 854, e outros países registraram marcas relevantes. Holanda, Áustria e Grécia avançaram para novas medidas de restrição. O euro se valorizou, e era cotado a US$ 1,1705.
“O dólar despencando e os mercados globais apresentando alta no dia das eleições” impulsionaram a libra esterlina, avalia a Western Union. Além do Brexit, a moeda britânica pode reagir nesta semana à decisão de política monetária do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês). No fim da tarde em Nova York, a libra subia a US$ 1,3021.
Na Argentina, o ministro da Economia, Martín Guzmán, anunciou uma série de medidas voltadas a diminuir a emissão monetária e reduzir a pressão no câmbio. A moeda americana apresentou valorização ainda assim, e era cotada a 78,7152 pesos. Por sua vez, no mercado paralelo, o chamado “dólar blue” registra mais um dia de queda e, segundo meios locais, era cotado a 168 pesos.
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